sábado, 21 de abril de 2012

Reflexões

Regresso ao passado

Ana Paula Almeida

Primeiro surgiu a distinção entre áreas disciplinares “estruturantes” e “não estruturantes”, sendo as primeiras importantes e logo aumentada a sua carga horária. Depois o ataque ao “facilitismo” e o apelo à mera transmissão de conteúdos. Agora, aparecem os exames no quarto ano, o aumento do número de alunos por turma, a criação de turmas de elite, …
Com este tipo de ensino, onde fica a relação pedagógica, a igualdade de oportunidades, o ensino individualizado e diferenciado, o respeito pelos discentes enquanto seres humanos (logo, inteligentes), o direito à educação (que se diz universal)?
Que sociedade estamos a criar? A Escola suporta Democracias, mas também é o alicerce de regimes autoritários. Não nos deixemos instrumentalizar, não sejamos – incautamente – parte envolvida nestas alterações. Não permitamos o regresso ao passado, ao tempo da instrução, do ensino elitista, da memorização e, consequente, ausência de reflexão, de opinião e crítica.
Neste contexto, os Sindicatos são cada vez mais necessários. É urgente uma ação sindical firme, resistente, preocupada com a Educação e a Felicidade das nossas crianças e jovens. É inevitável que o Sindicato ouça, reflita e aja de acordo com as políticas que nos são impostas. É inadiável um Sindicato que lute pela Educação.
Perante isto, pertencer à Lista B é, antes de mais nada, uma obrigação cívica que se impõe.

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