Ana Paula Almeida
Primeiro surgiu a distinção entre
áreas disciplinares “estruturantes” e “não estruturantes”, sendo as primeiras
importantes e logo aumentada a sua carga horária. Depois o ataque ao
“facilitismo” e o apelo à mera transmissão de conteúdos. Agora, aparecem os
exames no quarto ano, o aumento do número de alunos por turma, a criação de
turmas de elite, …
Com este tipo de ensino, onde
fica a relação pedagógica, a igualdade de oportunidades, o ensino
individualizado e diferenciado, o respeito pelos discentes enquanto seres
humanos (logo, inteligentes), o direito à educação (que se diz universal)?
Que sociedade estamos a criar? A
Escola suporta Democracias, mas também é o alicerce de regimes autoritários. Não
nos deixemos instrumentalizar, não sejamos – incautamente – parte envolvida
nestas alterações. Não permitamos o regresso ao passado, ao tempo da instrução,
do ensino elitista, da memorização e, consequente, ausência de reflexão, de
opinião e crítica.
Neste contexto, os Sindicatos são
cada vez mais necessários. É urgente uma ação sindical firme, resistente,
preocupada com a Educação e a Felicidade das nossas crianças e jovens. É inevitável
que o Sindicato ouça, reflita e aja de acordo com as políticas que nos são
impostas. É inadiável um Sindicato que lute pela Educação.
Perante isto, pertencer à Lista B
é, antes de mais nada, uma obrigação cívica que se impõe.
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