Programa Alternativa
SPM:
Na sequência do processo
eleitoral que se avizinha a Alternativa SPM, um grupo de sócios atentos e
sensíveis às questões sindicais, deste grande sindicato a que todos
pertencemos, vem propor um projecto de RENOVAÇÃO e MUDANÇA que é uma VERDADEIRA
RUPTURA com o modelo em curso.
O momento mais difícil da luta
sindical é o da persistência, o ânimo para continuar a lutar, mas é também a
razão de ser do sindicalismo. Se a esta dificuldade juntarmos a escolha da
equipa errada, encontramos a decepção, o desalento, a desmobilização. Por todos
e com todos não abundam os que se voluntariam, mas a liderança sindical não é
uma estirpe que se quer fazer crer que existe desde sempre. Compete a todos e a
qualquer um de nós o assumir a bandeira do descontentamento, o momento de dizer
basta e mudar de rumo.
Com o lema “RESISTIR, MUDAR E
AGIR: PEL@S DOCENTES DA MADEIRA E DO PORTO SANTO”, a Alternativa SPM não se
quer identificar com a actuação do passado recente que considera de ERRADA,
INEFICAZ, POUCO TRANSPARENTE e FRAGILIZADA pelos comportamentos POUCO
DIGNIFICANTES dos actuais dirigentes sindicais que deviam gerir e lutar pelo
interesse comum de toda uma classe docente.
A CUMPLICIDADE entre a tutela e o
sindicato merece da Alternativa SPM a mais veemente desaprovação. Obter
proveitos de topo à custa de uma posição alicerçada na confiança de toda a
classe docente como sucedeu na Avaliação Extraordinária, não nos parece muito
ético, digno e íntegro.
A presença, em véspera de
eleições legislativas regionais, do principal candidato do partido do Poder, na
inauguração da nova sede do SPM, para a Alternativa SPM é no mínimo INACEITÁVEL
e COMPROMETEDORA da imagem de independência, isenção e transparência por que
primaram sempre os pergaminhos do nosso sindicato.
A Alterativa SPM entende que o
ISOLAMENTO em que se colocaram os membros da direcção, particularmente a comissão
executiva do sindicato de todos nós, serve em primeiro lugar os interesses
governativos da tutela que, mantendo os PROFESSORES REFÉNS e DESINFORMADOS, age
de modo impune e sem a contestação devidamente organizada de uma classe tão
forte e economicamente atacada no actual momento.
Para a Alternativa SPM a muito
baixa frequência de plenários, quer de consulta aos sócios como de
esclarecimento, tem vindo a produzir uma desmobilização sem precedentes n@s
docentes de Madeira e Porto Santo, bem como algumas manifestações de
DESCONTENTAMENTO, como o Manifesto do Porto Santo e as contínuas
DESSINDICALIZAÇÕES, inclusive de muitos dos “históricos” fundadores desta nobre
instituição que é o nosso sindicato.
A Alternativa SPM sabe que dirão
os mais benévolos que se ergueu uma sede. A PREBEL construiu a nova sede e
centro de formação do SPM, porque não podemos aceitar que, em qualquer momento,
se possa conceber o SPM como uma empresa de construção e obras públicas.
Contudo a César o que é de César e nunca, em momento algum, se poderá retirar a
iniciativa de tal empreendimento à colega Marília Azevedo, sob pena de se
faltar à verdade.
A Alternativa SPM quer, isso sim
e em nome da verdade, homenagear todos aqueles que são efectivamente os
obreiros da nossa sede e centro de formação, ou seja, todos os sócios que,
desde o longínquo ano de 1978, fundaram esta honorável instituição até aos
actuais e futuros sócios que sustentam e continuarão a sustentar o seu
funcionamento. De realçar, ainda, a participação dos contribuintes europeus
através do programa comunitário de apoio que subsidiou o centro de formação.
Na presente conjuntura
apresenta-se como preocupante, à Alternativa SPM, a situação de CAPITULAÇÃO em
que nos encontramos face ao poder político, arriscando-nos a ENVERGONHAR as
várias gerações de dedicados sócios que tanto deram de si e lutaram para conquistar
os direitos que usufruímos, bem como a nós mesmos por não termos sido capazes
de manter e aperfeiçoar tão significativo legado de conquistas laborais.
As conquistas são isso mesmo,
produtos da luta, da resistência, nunca favores, ofertas, brindes. Para a
Alternativa SPM se hoje temos uma profissão digna, à luta de gerações de
educadoras e educadores e de professoras e professores que nos antecederam o
devemos. Se julgamos conseguir travar o ataque de que somos presentemente
vítimas sem “luta”, determinação e resistência, desenganem-se os mais ingénuos.
A Alternativa SPM considera:
@s Docentes da Madeira e Porto
Santo vêm realizando desde sempre um trabalho ao nível do mais notável,
competente, responsável e eficaz do que se realiza no país e na região em
particular.
@s Docentes da Madeira e Porto
Santo são profissionais de muito elevada qualificação que merecem o
reconhecimento e a dignificação social, política e económica pela sua
actividade em prol da comunidade.
@s Docentes da Madeira e Porto
Santo, no seu local de trabalho, merecem, de toda a sociedade e em particular
das entidades com responsabilidades ao nível da segurança, toda a colaboração e
apoio, primordialmente no momento em que se expande para os 12 anos a
escolaridade obrigatória.
@s Docentes da Madeira e Porto
Santo merecem também, dos poderes democraticamente eleitos uma atenção muito
especial e autêntica, por serem a única profissão que está presente na formação
de todos os cidadãos, sem excepção, num Estado de Direito.
Por fim salientar que sem @s
docentes, depositários de saber e qualificados para a transmissão deste, não há
verdadeiras sociedades modernas e democráticas e não se pode sequer falar de uma
VERDADEIRA EDUCAÇÃO.
A Alternativa SPM propõe:
Propomos um sindicato devolvido
aos sócios com autênticas consultas regulares e informações periódicas em tempo
útil, sobre questões de orientação sindical e negociações em curso,
respectivamente.
Desenvolveremos uma formação ao
mais alto nível e com uma diversificação tão vasta, que abranja todos os grupos
e sectores de docência.
Procuraremos viabilizar um protocolo
de parceria privilegiada de formação com a UMa, que envolva a formação contínua
e acesso aos cursos de 2.º e 3.º Ciclos de Estudos (mestrados e doutoramentos),
no âmbito do Processo de Bolonha.
Realizaremos campanhas de
formação e sensibilização no âmbito da política sindical, nomeadamente de
recuperação de ex-sócios e de novos sócios, alertando para a importância do associativismo
sindical.
Disponibilizaremos uma verdadeira
assistência de elevado profissionalismo e simpatia, tanto no atendimento
quotidiano como ao nível das respostas que desejaremos sempre as mais adequadas
no âmbito do apoio jurídico.
Optaremos por uma “luta” firme no
reposicionamento de todos os colegas nos escalões correspondentes da nova
carreira.
Desenvolveremos uma defesa
intransigente de um modelo de avaliação coerente, exequível e útil a uma
EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
Promoveremos um estatuto que respeite
todas as especificidades da profissão docente e os tempos necessários para as
obrigações formais dos docentes, nomeadamente em termos de trabalho extra-aula
e da formação.
Somos inteiramente pela
eliminação da prova de acesso à carreira.
Somos incondicionalmente pela
EXCELÊNCIA da escola pública e pela DIGNIFICAÇÃO das condições de trabalho d@s
docentes do ensino particular e cooperativo, cuja missão no cumprimento da
PLURALIDADE DEMOCRÁTICA da nossa sociedade é indispensável.
Opor-nos-emos à elevada
burocratização e funcionarização de que os docentes da Educação Especial são
presentemente alvo.
Procederemos a um alargado debate
e consequente revisão dos estatutos do nosso sindicato com vista à promoção de
uma maior democratização e transparência do processo eleitoral.
Apoiaremos e promoveremos actividades
de âmbito cultural e outras que envolvam a participação activa d@s noss@s
sóci@s aposentad@s.
Revalidaremos a reivindicação da
contagem integral do tempo de serviço para progressão na carreira, congelado em
Agosto de 2005.
Manteremos a determinação na
defesa de um modelo de gestão DEMOCRÁTICA das escolas.
Exigiremos uma efectiva
negociação do Estatuto da Carreira Docente Regional que satisfaça a realidade
educativa da RAM que dignifique e valorize o exercício da docência em todos os
graus de ensino.
Tudo faremos para garantir a
estabilidade do corpo docente nas escolas, promovendo uma política de
vinculação aos quadros dos docentes contratados para o provimento de
necessidades permanentes dos estabelecimentos de ensino/educação.
Empenhar-nos-emos por todos unir
e envolver em torno de todas e cada uma das lutas SINDICAIS que pretendemos
levar a cabo.
Pugnaremos, em nome da unidade
sindical, por uma participação activa, livre e consequente nos órgãos da FEDERAÇÃO
NACIONAL DE PROFESSORES (FENPROF), a maior associação de docentes do país e nos
órgãos da CONFERERAÇÃO GERAL DOS TRABALHADORES PORTUGUESES – INTERSINDICAL
NACIONAL (CGTP-IN), a maior confederação de sindicatos nacional, em prol de uma
força reivindicativa capaz de enfrentar e encontrar soluções para a actual
conjuntura de ataque aos direitos laborais de todos os trabalhadores
portugueses.
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