domingo, 15 de abril de 2012

Apresentação oficial pública da Lista B

Conferência de imprensa 14/4/2012


Caras e caros educadoras e educadores, caras e caros professoras e professores da Madeira e do Porto Santo, muito particularmente, sócios do SPM.
É com enorme satisfação que apresentamos publicamente, no dia de hoje, este nosso projecto sindical “Alternativa SPM” – Lista B.
Assumimo-nos como uma equipa genuinamente sindical, composta por colegas com uma irrepreensível experiência no SPM.
É no campo reivindicativo que um projecto sindical se afirma e avalia e é também aí que de longe nos distinguimos dos nossos concorrentes.
Não fingimos ser quem não somos:
Não temos uma coordenação partidariamente identificada;
Não temos membros com relações de cumplicidade com a tutela;
Não devemos favores ao poder político regional ou nacional;
Não produzimos demissões selectivas de dirigentes de topo, mandato após mandato;
Não nos escondemos atrás da imagem de colegas menos atentos para nos perpetuarmos;
Não personalizamos culpas que são produto de decisões colegiais;
Não ludibriámos com o argumento de sermos lista única ou renovação;
Não somos uma pseudo-renovação, somos uma ruptura a 100%;
Não temos medo de regressar à escola, é lá que nos realizamos;
Não temos interesses instalados, nem queremos ter;
Não somos produtores de difamação, apresentamos factos;
Não somos juízes em causa própria, queremos estatutos dignos, isentos e independentes;
Não fazemos campanha fora de tempo, nem temos todo o tempo livre para o fazer porque somos docentes;
Somos por uma ruptura séria com a orientação sindical vigente, de um sindicalismo fechado na Sede, de um sindicalismo de privilégios face à classe que deve representar.
Senão vejamos o abandono a que os docentes se sentem votados pelo seu Sindicato, quase o confundindo com um centro de formação, com uma empresa de construção e nalguns casos com um clube de amigos. Vejamos o exemplo da avaliação extraordinária que premiou os dirigentes sindicais com um excelente de desempenho docente.
Somos por um sindicalismo independente de forças partidárias e isento de cumplicidades e inaugurações que em nada abonam em favor da imagem de transparência desta honorável instituição.
Não nos revemos na exiguidade e pouca diversidade formativa do nosso sindicato e também não podemos aceitar que este se reduza apenas a mais um centro de formação, mais um promotor na aquisição de bens e serviços, ou a pouco mais que uma empresa de construção civil e obras públicas num triénio que se revelou tão doloroso para a Educação e para os docentes
Mantiveram-nos distraídos e desmobilizados num período em que tudo de mau aconteceu ao país e particularmente à classe docente.
Os Docentes da Madeira e Porto Santo vêm realizando desde sempre um trabalho ao nível do mais notável, competente, responsável e eficaz que se realiza no país e na região em particular.
Os Docentes da Madeira e Porto Santo são profissionais de elevada qualificação que merecem o reconhecimento e a dignificação social, política e económica pela sua actividade em prol da comunidade.
Os Docentes da Madeira e Porto Santo, no seu local de trabalho, merecem, de toda a sociedade e em particular das entidades com responsabilidades ao nível da segurança, toda a colaboração e apoio, primordialmente no momento em que se expande para os 12 anos a escolaridade obrigatória.
Os Docentes da Madeira e Porto Santo merecem, também dos poderes democraticamente eleitos uma atenção muito especial e autêntica, por serem a única profissão que está presente na formação de todos os cidadãos sem excepção, num Estado de Direito.
Sem os docentes, depositários de saber e qualificados para a transmissão deste, não há verdadeiras sociedades modernas e democráticas e não se pode sequer falar de uma VERDADEIRA EDUCAÇÃO.
Propomos uma equipa dinâmica, rejuvenescida, independente, de educadores e professores todos oriundos da Escola, sem vícios de gabinete, para dar voz aos problemas que afectam todos os docentes da RAM e defender a causa da Educação.
Contamos com a colaboração de pessoas com vasta e credível experiência, em matéria de sindicalismo, pessoas que desiludidas com o nosso actual panorama sindical abraçaram este projecto de Revitalização do nosso Sindicato. Pessoas que souberam ao seu tempo abraçar a defesa dos docentes e da Educação. São colegas que, no Sindicato e nas escolas deram reconhecidas provas de dedicação à causa sindical da educação, como dirigentes, delegados sindicais e docentes atentos e interventivos na defesa dos direitos e legítimos interesses da classe docente. Colegas que desde a primeira hora estiveram, estão e sempre estarão com o SPM.
Contamos também com um grande número de sócios, de uma nova geração, que têm para si o sindicalismo como mais activo, mais interventivo, mais mobilizado e mobilizador, menos estático, menos acomodado, que aderiu a este projecto pela sua seriedade e ambição.
Será para nós uma satisfação, a oportunidade de trabalhar com uma “escola” sindical como a FENPROF e poder contar com o apoio do colega Mário Nogueira, a quem reconhecemos a maior verticalidade sindical pela experiência e traquejo negocial evidenciados. Foi, por exemplo, a sua denúncia relativamente à exclusão dos docentes que exercem funções na RAM dos concursos nacionais, que fez com que a Secretaria da Educação iniciasse negociações com o respectivo ministério e que, ao que consta, levou a que essa discriminação esteja quase sanada.
Temos para nós como prioridades máximas:
- Viabilizar um protocolo de parceria privilegiada de formação com a UMa, que envolva a formação contínua e acesso aos cursos de 2.º e 3.º Ciclos de Estudos (mestrados e doutoramentos), no âmbito do Processo de Bolonha.
- Desenvolver uma defesa intransigente de um modelo de avaliação coerente, exequível e útil a uma EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.
- Exigir uma efectiva negociação do Estatuto da Carreira Docente Regional, que satisfaça a realidade educativa da RAM, que dignifique e valorize o exercício da docência em todos os graus de ensino e que garanta a intercomunicabilidade com os restantes estatutos do país.
- Promover um estatuto que respeite todas as especificidades da profissão e os tempos necessários para as obrigações formais dos docentes, nomeadamente em termos de trabalho extra-aula e da formação.
- A eliminação da prova de acesso à carreira.
- Lutar pela EXCELÊNCIA da escola pública e pela DIGNIFICAÇÃO das condições de trabalho dos docentes do ensino particular e cooperativo, cuja missão no cumprimento da PLURALIDADE DEMOCRÁTICA da nossa sociedade é indispensável.
- Opor-nos à elevada burocratização e funcionarização de que os docentes da Educação Especial são presentemente alvo.
- Proceder a um alargado debate e consequente revisão dos estatutos do nosso Sindicato, com vista à promoção de uma maior democratização e transparência do processo eleitoral.
- Apoiar e promover actividades de âmbito cultural e outras que envolvam a participação activa dos nossos sócios aposentados.
- Revalidar a reivindicação da contagem integral do tempo de serviço para progressão na carreira, congelado em Agosto de 2005.
- Manter a determinação na defesa de um modelo de gestão DEMOCRÁTICA das escolas.
- Garantir a estabilidade do corpo docente nas escolas, promovendo uma política de vinculação aos quadros dos docentes contratados, para o provimento de necessidades permanentes dos estabelecimentos de ensino/educação.
Empenhar-nos-emos por todos unir e envolver em torno de todas e cada uma das lutas SINDICAIS que pretendemos levar a cabo.
Assumimos aqui perante todos, uma atitude de sincero serviço aos docentes da Madeira e do Porto Santo e pedimos a todos, sem excepção, sócios e não sócios, que se unam com determinação em torno das reivindicações sindicais, para que neste momento de grandes ataques aos direitos na vida de todos, mas em particular na vida dos docentes da Madeira e do Porto Santo, possamos responder eficazmente e mostrar que não cederemos e que, pelo contrário, estamos determinados a lutar por esses direitos.
Não basta lamentarmo-nos perante a inoperância do SPM! É preciso agir e dar a oportunidade à Alternativa SPM de recuperar a imagem de credibilidade, independência e coragem na defesa da classe docente e da Educação!
Aproveito a oportunidade para lançar um repto à Comissão Eleitoral do SPM e à Comunicação Social para que promovam debates entre os cabeças-de-lista a estas eleições, a fim de que os associados e a opinião pública em geral fiquem devidamente elucidados sobre as propostas de cada uma das listas, acompanhando esclarecidamente o acto eleitoral de um dos sindicatos mais importantes da RAM.
VIVA OS DOCENTES DA RAM, VIVA O SPM, VIVA A LISTA B!


Manuel Martinho Esteves

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