'Alternativa SPM' defende maior actuação face aos problemas dos professores
Manuel Martinho Esteves assume a liderança de um projecto de mudança.
Há eleições à vista no Sindicato dos Professores da Madeira (SPM) e a primeira candidatura a avançar é liderada por Manuel Martinho Esteves, que apresenta um projecto de "verdadeira ruptura" face à postura de política sindical que tem sido seguida pela actual direcção.
Esta candidatura, denominada 'Alternativa SPM', é protagonizada por professores e educadores que, há três anos, já haviam concorrido contra a direcção liderada por Marília Azevedo. Na altura, foram derrotados por escassas dezenas de votos, mas consideram que o tempo veio mostrar que a razão estava do seu lado. Na avaliação de Manuel Martinho Esteves, a equipa que dirige o Sindicato caiu no "imobilismo" e actua de costas voltadas para os associados. O candidato a coordenador justifica as suas observações: "Esta direcção não se tem manifestado significativamente quanto a questões em que os professores são fortemente penalizados, como a perda dos subsídios de férias e de Natal e do subsídio de insularidade, os cortes de 3 a 10% dos salários, o agravamento do IRS e a redução das comparticipações da ADSE. Apesar disto tudo, a actual direcção do SPM não quis aderir à greve geral de 22 de Março".
Por outro lado, o porta-voz da 'Alternativa SPM' explica que há negociações a decorrer sobre o Estatuto da Carreira Docente, a avaliação dos professores e a gestão das escolas, sem que o SPM dê quaisquer informações aos sócios sobre tais dossiers. "Há dias uma colega que é delegada sindical de uma escola dizia-me em jeito de desabafo que há três meses que não tem qualquer informação", aponta.
Os reparos à direcção em fim de mandato não se ficam por aqui. Houve "situações delicadas", que "deixaram o Sindicato numa posição bastante fragilizada perante a opinião pública e particularmente perante todos os professores e educadores da Região", tais como a avaliação extraordinária que privilegiou a classificação dos dirigentes sindicais e a inauguração da sede do SPM e do centro de formação em plena campanha eleitoral e com a presença de Alberto João Jardim. Este último caso levou mesmo à demissão do 'número dois' da actual direcção, Paulo Cafôfo. O que faria Manuel Martinho Esteves nessa situação? "Perante a sensibilidade da questão, eu teria consultado os associados", responde.
Aliás, "devolver aos sócios a direcção do Sindicato" é um dos objectivos desta lista. "As decisões da direcção do Sindicato são colegiais mas têm de reflectir a vontade dos associados", declara o candidato, que admite que surja "uma lista de continuidade, com alguma operação de cosmética" mas que "não vai dar para disfarçar toda a actuação menos boa deste último mandato".
Candidato
Manuel Martinho Esteves é o principal rosto da candidatura 'Alternativa SPM'. Tem 43 anos, é madeirense e licenciado em História e Ciências Sociais pela Universidade do Minho. Faz parte do quadro da Escola Dr. Luís Maurílio Dantas, em Câmara de Lobos. Já é professor há 19 anos e só no primeiro ano é que leccionou fora da Região. Além de dar aulas no 3.º Ciclo e Secundário, participa em projectos de investigação do Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA).
Manuel Martinho Esteves é o principal rosto da candidatura 'Alternativa SPM'. Tem 43 anos, é madeirense e licenciado em História e Ciências Sociais pela Universidade do Minho. Faz parte do quadro da Escola Dr. Luís Maurílio Dantas, em Câmara de Lobos. Já é professor há 19 anos e só no primeiro ano é que leccionou fora da Região. Além de dar aulas no 3.º Ciclo e Secundário, participa em projectos de investigação do Centro de Estudos de História do Atlântico (CEHA).
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