domingo, 13 de maio de 2012

Reflexões

A HORA DA MUDANÇA

João M.R. Sousa

Na próxima quarta-feira, os associados do Sindicato dos Professores da Madeira vão escolher os seus dirigentes para o triénio 2012-2015. Como é sabido, concorrem duas listas: a da continuidade, com a letra A, e a alternativa, a da mudança, designada de B.
Se há três anos dei a cara por um SPM forte, credível e coeso, hoje considero que existem mais razões para os sócios apostarem na viragem, na mudança, na alternativa corporizada pela Lista B, encabeçada por Manuel Martinho Esteves. Senão vejamos:
- em 2009, alertámos para a mais que provável instabilidade interna da Direção, que se confirmou com a demissão do Vice-Coordenador, Paulo Cafôfo, e com a indisponibilidade inédita da Coordenadora, Marília Azevedo, em participar na Concentração pelo Emprego Docente;
- nas eleições anteriores, a Lista A usou e abusou do fantasma da partidarização do SPM, mas a verdade é que nunca esta organização sindical esteve tão submissa e tão subserviente ao poder como durante este mandato, em que até foi dada a oportunidade ao recandidato a Presidente do Governo Regional de fazer campanha eleitoral em vésperas de eleições legislativas, nas novas instalações do sindicato, provavelmente como contrapartida pelo apoio dado à referida lista, no ato eleitoral interno, se tivermos em conta a insinuação por ele feita no JM e que não foi inequivocamente desmentida;
- o lema da lista A no sufrágio anterior era «Cada vez mais perto», mas só vimos distância e dirigentes sindicais enclausurados na sua torre de marfim, cada vez mais longe dos problemas dos docentes e das escolas;
- apesar da propaganda sindical referir ganhos para a classe, durante este mandato, com títulos sensacionalistas do género «SPM foi à luta e fez várias conquistas» (newsletter n.º 4), a realidade nua e crua é que não consigo encontrar uma única vitória, ou melhor, com boa vontade, talvez até identifico uma, a da avaliação extraordinária, só que esta apenas agradou aos dirigentes sindicais e demais classe política, que receberam um bónus de 1 valor pelo desempenho dos seus cargos enquanto os docentes receberam uma migalha de 0,1…
Em alternativa à incompetência, à inércia, à subserviência ao poder, à instabilidade interna e à obtenção de benefícios injustos, resta-nos votar, no dia 16, na Lista B, que garante combatividade, coragem, proximidade aos docentes, estabilidade diretiva, transparência, independência, competência e liderança efetiva do sindicalismo docente e da Educação na RAM.
O poeta Camões, que tinha apenas um olho, escreveu que «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades». É isto que está acontecer no nosso sindicato. O tempo desta fase negra do SPM chegou ao fim. Assim o entendam as boas vontades dos seus associados! Eu acredito que a mudança é agora! «É a Hora!», como diz Pessoa."

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